(Torre de Belém, Lisboa, Portugal - 22/03/2024)
A gente quer tudo para ontem. E as vezes esquece que nós não somos quem somos do nada, que houve um processo até aqui que nos fez estarmos onde estamos. As vezes esse processo envolveu sofrimento e as vezes nós tivemos responsabilidade sobre isso porque o cultivamos e o alimentamos também. Então por que você mudaria ou reverteria todo esse processo do dia para a noite, como se ele fosse... nada?
Querendo ou não, você tolerou o seu sofrimento e, sim, muitas vezes você teve paciência com ele. Encontrou justificativas, negações e inventou para si mesmo até que não era sofrimento. Então, nada mais justo que você tolere também a sua cura. Que você seja tão paciente consigo mesmo em sua jornada de cura quanto foi em tolerar seu sofrimento.
E que permita-se o tempo necessário para cicatrizar as feridas internas, honrando cada passo do processo com gentileza e compaixão. Assim como suportou as dores mais profundas, agora é hora de nutrir-se com amor e autocuidado, cultivando um espaço interno de paz e, quem sabe, de renovação.
Que cada momento de autocuidado seja uma celebração do seu compromisso consigo mesmo, um testemunho da sua resiliência e da sua capacidade de transformação. Que você aprenda a valorizar cada pequena vitória, reconhecendo que cada passo em direção à cura é uma manifestação do seu poder interior. Assim, você se fortalece não apenas fisicamente, mas também emocional e espiritualmente, erguendo-se cada vez mais alto em direção à sua própria plenitude.
Que você encontre conforto na sua própria companhia e descubra a beleza que reside na jornada de autodescoberta e crescimento pessoal.
Aí, de repente, quem sabe… terapia!
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